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Tornar o Rio uma cidade acessível: um dos grandes desafios para o próximo mandato de Eduardo Paes

Rio, 12 de outubro de 2012


Um dos problemas crônicos na cidade do Rio de Janeiro é a falta de acessibilidade nas ruas e transportes públicos para a pessoa com deficiência – é o que aponta duas reportagens recentes do Jornal O Globo, realizadas com a participação do IBDD.  Eduardo Paes, no último domingo, foi reeleito com mais de 64% dos votos válidos, resultado histórico na cidade que, nos próximos anos, receberá dois grandes eventos esportivos – a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos- que sinalizam a necessidade de um trabalho consistente voltado para inclusão da pessoa com deficiência.

“Uma cidade mais acessível não é melhor só para pessoas com deficiência, é o melhor para todos. É o caso de acesso a ônibus para grávidas, idosos, obesos. Cidades que pensam no acesso para todos são cidades melhores”, afirmou Teresa Costa d’Amaral, superintendente do IBDD, em matéria publicada no último domingo no jornal O Globo.

Em entrevista ao jornalista Bruno Villas-Boas, Teresa destacou o descaso dos governantes com os cegos: só existe um sinal sonoro no Rio, em frente ao Instituto Benjamin Constant, na Urca.  Como lembra a reportagem, há 24.594 pessoas com deficiência visual na cidade, e outras 174.293 com grandes dificuldades para enxergar, segundo os resultados do Censo IBGE de 2010. “Há muitas leis sobre acessibilidade, mas que não são executadas”, protesta a superintendente do IBDD.
 “O Rio não é acessível. Temos um passivo grande nessa área”, admite Carlos Roberto Osório, secretário municipal de Conservação e Serviços Públicos, na reportagem publicada pelo jornal carioca no mês passado. Cerca de R$ 89,6 milhões serão investidos – promete o secretário- a partir de 2013 na colocação de rampas e piso tátil.

A pedido do Globo, o funcionário do IBDD, João Carlos Farias, realizou um teste nas calçadas de Copacabana, da Rua Figueiredo Magalhães até a Avenida Atlântica, comprovando as dificuldades impostas às pessoas com deficiência. “Temos rampas em alguns lados da calçada e de outros não. Você não completa a travessia e tem que ir para a rua. Andar na calçada no Rio é como fazer slalom (canoagem em meio a obstáculos)”, reclama o cadeirante.

A reportagem também lembrou o informe do IBDD de agosto, que denunciou a situação precária nos trens da Supervia: somente 2 das suas 99 estações são completamente adaptadas às necessidades da pessoa com deficiência. “Se os jogos fossem hoje, os deficientes  não conseguiriam ir ao Engenhão ou ao Maracanã”, ressalta Teresa d’Amaral.

As matérias do jornal O Globo podem ser acessadas nos links a seguir:

Edição de domingo, 16 de setembro

Edição de Domingo, 7 de outubro

 

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